quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

E o passe livre?




Um problema tem assolado os estudantes da rede pública desde as férias de início de ano: a ameaça do corte do Rio Card. Para quem não está por dentro, vamos fazer uma retrospectiva: em torno de dezembro do ano passado, a FETRANSPOR (associação de empresas de ônibus do RJ) entrou com uma ação na justiça para a retirada do Rio Card alegando sua inconstitucionalidade e orçamento insuficiente para as gratuidades.
Bem, como todos sabemos, a FESTRANSPOR ganhou e, desde então, o direito de ir e vir do estudante tem sido ameaçado.
Outro problema ligado ao mesmo tema vem sendo explorado: os empresários do Metro não vão mais aceitar o Rio Card. Agora eles bolaram um metro card, que restringe progressivamente o acesso do estudante ao metrô. Só terão direito a gratuidade, estudantes que tem o privilégio de estudar e morar em uma escola que esteja próxima a alguma estação. E mesmo sob esse regime, só poderão descer nesses dois pontos do percurso...
Mas, se os empresários achavam que nós ouviríamos calados essa quebra de nossos direitos, eles estavam enganados. A grande parte dos estudantes, grêmios e movimentos sociais se articularam e e se articulam ainda mais, para garantir que nossos direitos sejam no mínimo reconhecidos e praticados (mais do que deveriam ser, pois muitos se esquecem que educação de um estudante não se limita ao caminho de casa para a escola, uma vez que todos os estudantes tem o direito conferido pela lei de usufruir de cultura, o que incluiria por exemplo, uma visita ao cinema, teatro ou museu. E as 6 passagens diárias cedidas até então são insuficientes muitas vezes para tal..)

Passeata do dia 19 de março: Jardim Botânico fechada!

Havia sido vinculado no programa de Rádio “ A Voz do Brasil”, que o rio card seria suspenso no próximo dia 20. Reagindo a esta afronta, os estudantes dos colégios Cap- UFRJ, C.E André Mourois e C.E Inácio Azevedo Amaral marcaram uma mini passeata para o dia 19, para fechar a jardim Botânico e se fazer escutar. Embora tenha tido alguns inconvenientes, o saldo da passeata foi boa, pois conseguiu trazer novamente a mídia a questão do passe livre que seria cortado. Mas esta, só seria uma preliminar da que realmente aconteceria no dia 28 de março...

Passeata do dia 28 de março: Centro da Cidade Parado;
28 de março de 1968: O estudante Édson Luiz foi morto por polícias em confronto de manifestantes, em plana ditadura militar. Desde então, o dia tem sido consagrado como o dia do estudante, em sua homenagem.

28 de março de 2007: Mais de 5000 estudantes param as ruas do Centro, para clamar pelos seus direitos, e se fazer ouvir.

A passeata, com cunho pacífico, marchou pela Rio Branco (trazendo uma grande onda de manifestantes), passou pelo MEC e caminhou até o Tribunal de Justiça. Neste pequeno trajeto é que começaram as primeiras turbulências: uma briga entre os estudantes que estavam no carro de som fez com que o único microfone fosse quebrado, e a passeata ficasse sem uma voz de comando. Um pouco depois, segundo os policias “por causa de uma pedra jogada no Tribunal de Justiça” a policia se viu no direito de avançar violentamente em vários manifestantes. Mas não iria parar por ali...

Os manifestantes se estabeleceram de novo, ocuparam as escadarias da Alerj e fecharam a primeiro de março. Aí começou o maior ponto de tensão: chegou o choque. Os estudantes fizeram uma barreira humana para a primeiro de março, até que muitos dispersaram e começou o ataque de gases lacrimogêneos. A resistência continuou.. Foi feita uma barricada, mas poucos estudantes permaneceram no local. Aqueles que apenas querem os seus direitos foram mais uma vez duramente reprimidos pela máquina do estado sob uma justificativa que englobaria uma parcela mínima de um grupo enorme como aquele... (aliás, até o Caveirão apareceu por lá...)

Entretanto, mais uma vez, o saldo dessa passeata foi positivo. Para quem dizia que o estudante estava alienado e que seria impossível uma grande mobilização, estava errado. Infelizmente, a mídia distorceu os fatos e tratou todo um movimento estudantil com organização e fundo ideológico inclusive, como uma grande baderna. Alguns policiais foram atrás de grêmios como o do Iserj. Eles podem querer nos reprimir, nos caluniar, mas não irão calar nossa voz.














esse texto foi feito por Karen Barbosa e Ananias Matos Arrais do Cap -UFRJ; amigos do cpII ;)


em 2007




domingo, 2 de dezembro de 2007

Entregues



Tive um amigo chamado Alexander. Hoje procuro evita-lo, mas isso passa a ser outra história. Como disse, seu nome era Alexander e um dia em sua casa ele reclamava da ignorância do povo brasileiro, que não conseguia pronunciar o seu nome de maneira correta. Originalmente o nome dele teria que ser dito: - Alequesander.

Fiquei contra essa idéia, achei plausível que o tal nome pudesse ser pronunciado como era escrito e lido aqui no Brasil.

Achei que estivesse sendo ignorante, porém de alguma forma patriota.

Hoje, pensando nisso, vejo que em qualquer país no exterior, se pronunciam os nomes estrangeiros de modo “errado”. Eles não se submetem à cultura alheia. Um cidadão francês, por exemplo, ao invés de pronunciar “Kenedy”, fala “Kenedí”.

Porque nós brasileiros não podemos agir assim também?

Porque teríamos que adaptar nossa língua à extrangeira?

Mao Zedong, Dirigente revolucionário e pensador chinês no inicio do século XX, falava com a presença de um tradutor com outros lideres de estado, mesmo sabendo falar fluentemente os idiomas locais.

Isso é um exemplo de como o brasileiro se perde e se perdeu em seus traços culturais, e acaba sendo brasileiro apenas em jogos de futebol. Não vou dizer que amo meu país, mas não posso deixar de reconhecer minhas origens. Nasci, como muitos, em um país desigual, preconceituoso, atrasado e nitidamente reacionário. Mas não é por isso que eu não faço parte dele. Eu penso em português, eu falo brasileiro, eu nasci nesse território, eu respiro esse oxigênio e vivo até hoje com vista para esse sol e para toda essa gente que mora aqui e divide o espaço comigo. Vergonha é algo que não sinto, reconheço as falhas da minha nação e não é por isso que tenho que ficar inerte a elas.

Inércia a qual esse povo se submete, povo esse sem respeito próprio, sem confiança, sem esperança, e totalmente diminuído do que ele realmente é. Assim, ele é fácil de ser domesticado e abusado. A hora do chega está demorando muito, e não sei se virá.

As camadas populares são muito mal tratadas no Brasil, se sentem diminuídas e incapazes. Convencê-las disso é uma tarefa árdua que levou 500 anos, feito em todo seu processo de formação.

Agora talvez não sejamos muito, mas se podemos ser, porque não fazemos diferente?

Porque não vamos às ruas, aos debates, aos piquetes e desconstruímos essa desigualdade, esse sistema podre, e toda essa corja que o tenta defender. Porque não recuperamos nossa auto-confiança e vamos pra luta?

Não é hora? Quando vai ser?

“Quem sabe faz a hora, não espera acontecer” (Geraldo Vandré.)

por Pedro Parente

terça-feira, 30 de outubro de 2007

Amar

Amar...
Algo que pode começar de um olhar...
Que nos faz sentir coisas estranhas...
Que nos esquenta por dentro...

Algo que nos faz sentir coisas novas...
Sofrendo ou vivendo esse amor intenso...

Que por ser incontrolável algumas vezes nos trazendo o pior dos sofrimentos...
Como também pode nos mostrando o melhor do viver,
Ensinando-nos como é bom aproveita-lo...
Ou como é terrível não ser também amado...

Algo que às vezes só se consegue com tempo...
E outras vezes vêm de repente...

Algo que amadurece a cada dia...
E dependendo da pessoa pode aumentar ou diminuir...
Mas que no final não passa de ser a arte de amar.

Autor: Mozart Capita Sodré, turma 3101
Data 02/02/2007

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Oi galera !



Esse blog foi criado no intuito de dar espaço aos alunos do cpII Humaitá para mostrar suas idéias, montar debates sobre qualquer assunto relativo ou não a escola além de divulgar eventos bacanas que estejam rolando por aí...

Aqui, qualquer aluno pode se expressar mandando textos, imagens, links...

Há princípio, por favor mandem e-mails com seus textos e imagens que queiram anexar para: giovanna.barbosa@yahoo.com.br que irei postar com prazer.

Esse espaço também será canal informativo do grêmio da nossa querida escola! Portanto, fiquem ligados aos comunicados aqui postados...

Então... é isso!

ps: Essa foto foi descaradamente roubada do orkut alheio, mas eu achei tão linda que resolvi postar aqui assim mesmo...



“-Pedro II, tudo ou nada?

-Tudo!

-Então como é que é?

-É tabuada!

-3 x 7, 21

-Menos 12, ficam 9.

-Menos 8, ficam 1.

-Zum, zum, zum

-Pararatimbum

-Pedro II !!! “

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